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Por Que a Maioria dos Produtos Digitais Falha

E Como Garantir que o Seu Não Seja Um Deles

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O cemitério de aplicativos está cheio de boas intenções. Mas o que realmente diferencia os projetos que prosperam dos que viram poeira digital?

A resposta é um processo claro e bem definido.

Nesta edição da Olympus News, vamos mergulhar em um guia prático de desenvolvimento de produtos, inspirado em metodologias de sucesso e adaptado para a realidade de equipes enxutas e desenvolvedores independentes.

🛑 O Problema do Problema: A Causa Raiz de 99% das Falhas

Tudo começa aqui. Se você errar na definição do problema, todo o resto desmorona. Antes de escrever uma única linha de código, você precisa de clareza absoluta sobre o que está tentando resolver.

Um problema bem definido é um problema meio resolvido. Para chegar a essa clareza, faça a si mesmo três perguntas fundamentais:

  • Qual é o verdadeiro problema que estamos tentando resolver? Vá além da superfície.

  • Já reunimos todas as perspectivas sobre o problema? Converse com todos os envolvidos.

  • Toda a equipe tem um entendimento unificado do problema e por que ele é importante? O alinhamento é crucial.

Depois de ter uma compreensão clara do problema, o próximo passo é reduzir seu escopo. Pense nisso como esculpir um bloco de mármore: você remove o excesso para revelar a estátua que está dentro. Para focar no que realmente importa, pergunte-se:

  1. Quais aspectos do problema podemos eliminar para reduzir o escopo?

  2. Quais partes do problema são mais críticas para resolver primeiro?

  3. Existem elementos que podem ser adiados ou excluídos por enquanto?

💰 Quantificando a Oportunidade: Onde Está o Dinheiro?

Com um problema bem definido em mãos, é hora de avaliar o tamanho da oportunidade. Afinal, você está construindo um produto para gerar retorno. Para quantificar o potencial, considere:

  • Qual o impacto mensurável que a solução deste problema terá para o negócio ou para os usuários?

  • Se não resolvermos este problema, quais são as consequências para o negócio ou produto?

  • Como este problema se classifica em prioridade em comparação com outros, com base no impacto potencial?

Essa análise ajuda a priorizar os problemas que realmente valem a pena ser resolvidos e a focar seus esforços onde eles terão o maior impacto.

🗺️ Desenhando o Mapa da Mina: Do Problema à Solução

Com o problema validado e a oportunidade quantificada, é hora de começar a desenhar a solução. Este processo, conhecido como "shaping", consiste em três etapas principais:

  1. Defina os Limites: O primeiro passo é definir um "apetite" para o projeto, ou seja, quanto tempo você está disposto a investir. Isso evita que os projetos se arrastem indefinidamente. Uma boa regra de ouro é dividir os projetos em três tamanhos:

    • Pequeno: 1-2 semanas

    • Médio: 3-4 semanas

    • Grande: 5-6 semanas

    Projetos que levam mais de seis a oito semanas provavelmente podem ser divididos em partes menores.

  2. Rascunhe os Elementos: Antes de mergulhar nos detalhes, crie um "breadboard" da sua solução. Trata-se de um diagrama de baixo nível que descreve os principais componentes da interface e como eles se conectam. Isso permite visualizar o fluxo do usuário de forma simples e direta, sem se prender a detalhes de design. A ideia aqui é ter uma visão geral da solução e como as diferentes partes interagem entre si.

    PS: Clique aqui para ver o artigo completo explicando como funciona o breadboard e como você pode utiliza-lo para encurtar o tempo de desenvolvimento dos produtos.

  3. Identifique Riscos e possíveis “Rabbit Holes”: Antes de começar a desenvolver, é crucial identificar potenciais obstáculos. Faça a si mesmo perguntas como:

    • Estamos fazendo alguma suposição sobre o trabalho técnico?

    • Existe alguma decisão difícil que precisa ser tomada com antecedência?

    • Este trabalho exige alguma tecnologia que nunca usamos antes?

    Se a resposta para a última pergunta for sim, considere fazer um "spike", um pequeno projeto separado para explorar a nova tecnologia antes de integrá-la ao projeto principal.

    Além disso você pode identificar Rabbit Holes no projeto que são áreas que tem potencial para levar muito mais tempo do que o desejado para serem implementadas. Nessa caso você pode optar por removê-las completamente, simplifica-las ou realizar um spike para reduzir o nível de desconhecimento a respeito da área em questão.

🎲 A Hora da Aposta: Comprometimento e Foco

Com o "shaping" concluído, chega o momento da verdade: a aposta. Nesta fase, as partes interessadas se reúnem para tomar uma decisão clara sobre o investimento no projeto. A equipe se compromete a dedicar um tempo ininterrupto para trabalhar no projeto durante todo o ciclo, com um resultado específico e valioso a ser entregue no final.

Uma vez que a aposta é feita, o desenvolvimento começa com dois princípios fundamentais:

  • Tempo Fixo, Escopo Variável: O prazo acordado (o "apetite") é fixo. Se o projeto está se aproximando do fim do prazo e não está pronto, o escopo é reduzido, não o tempo estendido.

  • Fatias Verticais: O trabalho é dividido em "escopos", que são entregas independentes que podem ser concluídas em poucos dias. Cada escopo deve incluir o desenvolvimento front-end e back-end, resultando em uma funcionalidade completa.

🔄 O Ciclo Contínuo: Lançar, Medir, Aprender e Iterar

O trabalho não termina com o lançamento. Na verdade, é aí que ele realmente começa. Após a entrega da solução, o ciclo de desenvolvimento continua com as seguintes etapas:

  1. Acompanhe as Métricas de Sucesso: Defina e monitore as principais métricas para avaliar o sucesso do produto. Isso pode incluir o tempo de entrega, o feedback do usuário e o impacto no negócio.

  2. Analise os Resultados: Ao final de cada ciclo, revise os resultados e avalie se o projeto atingiu as expectativas. Identifique lacunas e áreas para melhoria.

  3. Itere e Melhore: Com base nos resultados, determine se a solução precisa de mais iteração. Se forem encontrados problemas, reformule o problema, desenhe uma nova solução e leve-a para a "mesa de apostas" para o próximo ciclo.

Este processo de melhoria contínua é o que garante que seu produto evolua e continue a agregar valor ao longo do tempo.

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